Mesmo sabendo da importância da avaliação do paciente, muitos profissionais ainda seguem a cultura da avaliação gratuita na Estética. Frequentemente, reforça-se a crença de que não cobrar a primeira consulta é uma forma de aumentar o interesse do público. Consequentemente, em tese, as chances de fechar negócios é maior nesses casos.
Mas não é bem por aí, e eu vou te mostrar por que essa não é uma boa estratégia.
Tempo é dinheiro
Avaliar é fundamental em qualquer tratamento estético e, por isso, está fora de questão fazer isso de forma rápida.
Obviamente, todos nós temos um período de 24 horas no dia, e o trabalho costuma ocupar uma grande quantidade desse tempo. Por isso, quando você não cobra pelo serviço que presta, quem está pagando para trabalhar é você. Afinal, existem custos fixos e variáveis que precisam ser considerados – luz, internet, a hora de trabalho da recepcionista, etc.
O custo mensal para manter uma clínica de Estética é bastante alto, variando de acordo com o porte e as especialidades ofertadas. É claro que a sua clínica pode ter custos menores, mas, mesmo assim, podemos dizer que há muito dinheiro em jogo, não é? Por isso é incoerente que quem esteja arcando com o preço da consulta seja, unicamente, você.
A avaliação é uma etapa do tratamento
Quando estabelecemos um paralelo com outras áreas, como a Medicina, é fácil perceber que a anamnese e o diagnóstico são indispensáveis. Na Estética, também funciona assim.
Já sabemos que a avaliação é o primeiro passo do tratamento. É o que permitir ao profissional entender o histórico do paciente, o seu perfil e a fisiopatologia da afecção que o trouxe até a clínica.
Não avaliar detalhadamente pode gerar erros e consequências graves à saúde do paciente e, também, à reputação do seu trabalho. Por isso, é inviável fazer a avaliação de qualquer forma.
O primeiro passo é que você e o seu paciente encarem a avaliação como uma consulta normal. É um momento em que você vai passar muito tempo analisando detalhadamente a pessoa que chegou até a sua clínica e definindo o plano de tratamento.
Uma forma de agregar valor a essa etapa é recomendar ativos orais e tópicos e estabelecer um home care pensado, exclusivamente, na afecção e no perfil do paciente
A avaliação gratuita desqualifica o seu trabalho
Quando você permite que alguém vá até a sua clínica “sem compromisso”, o seu estabelecimento está sujeito a olhares curiosos. Provavelmente, são pessoas que não têm intenção verdadeira de fazer um tratamento, e que buscam somente saber os preços que são cobrados na sua clínica.
Temos meios muito mais fáceis e eficazes que não fazem com que você, prestador de serviço, perca tempo, dinheiro e relevância. Por exemplo, a divulgação em redes sociais e a criação de conteúdo científico. Quando você monta uma página repleta de informações que agregam conhecimento e interage (e entende) o seu público, a sua marca passa a ter muito mais valor aos olhos dos seus potenciais pacientes.
Dessa forma, não vai ser necessário buscar as pessoas; elas irão querer, por conta própria, saber mais sobre o seu trabalho e fechar um tratamento com você.
Pacientes que entendem o valor da avaliação são mais comprometidos
Você já foi ao médico e sentiu que ele deveria ter conversado mais, que ele foi preguiçoso na hora de investigar o que estava acontecendo no seu organismo? Se sim, então você sabe o quanto isso é desagradável e o quanto essa postura coloca em xeque qualquer orientação que é passada ao paciente.
Se você tivesse a opção de pagar um pouco mais para ter uma primeira consulta tranquila, detalhada e que lhe passasse segurança no diagnóstico, você preferiria? O seu paciente também! E se ele tiver confiança de que você fez o diagnóstico corretamente, ele também se sentirá seguro em fazer o que você orientar.
Ou seja, é muito mais provável que seus resultados clínicos sejam excelentes. E excelentes resultados chamam novos pacientes.
Ou seja: avaliação gratuita significa prejuízo
Embora seja um costume muito difundido, a avaliação gratuita não apenas faz com que você, profissional, perca dinheiro, mas também torna o seu trabalho desvalorizado. Afinal, você está em um mercado que exige constante qualificação, e isso requer investimentos.
Se você investiu em formação, se preparou para entregar os melhores resultados e realmente é comprometido com a Estética, cobre a avaliação, sim!